domingo, 4 de novembro de 2007

Esperando a hora certa!




Depois de toda atividade para conserto do Fenix e ajustes, tive que ficar parado por um tempo. Motivos vários: os sócios viajaram e me envolvi com a construção de um mirante, que na verdade é mixto de mirante com com casinha na árvore.

O mirante, todo feito de bambu, fica no fundo da nossa casa e dá vista para o Lago Paranoá de onde poderei ver as velas passando enquanto meço o vento.

Teremos uma bandeira da família para colocar no alto de um mastro, acima do mirante!

O plano é que eu os meninos possamos dormir por lá empoleirados em sacos de dormir nas noites de verão. Teremos energia elétrica e outros luxos e apesar do teto e do espaço, as duas plataformas serão vazadas ao tempo, apenas com cortinas de bambu.

Com toda esta atividade de construção, planejamento e decoração não tem sobrado muito tempo para as coisas que ainda faltam no Fenix e confesso que se perde um pouco o entusiasmo quando a temporada dos ventos fortes passa.

Mas isto não vai nos abalar...temos ainda muito o que fazer para deixar o barco melhor..começando pela troca da adriça da buja, re-trançar o trampolim e ajuste do leme.

sábado, 29 de setembro de 2007

Testando o novo Leme



Duas semanas depois do acidente e após três sessões de consertos, colocamos os novos lemes em teste.

Tudo está bem mas ainda temos que ajustar para reduzir o "tiller tug" (puxada de leme) que está sendo causada pelo leme direito.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pin-up Nose Art


As imagens de garotas "pin-ups" já foram populares em "aero-naves". Era comum para as atrizes das decadas de 20-50 posar para um pin-up, uma forma da arte pop para divulgar sua imagem...acho que poderíamos ter uma garota pin-up para o mastro da Fenix.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Mais reparos essenciais!


No dia 8 de setembro, coloquei as ferragens de popa, o trampolim novo e a cobertura antiderrapante do bordo (com EVA). Onde havia rebites velhos pedindo reposição, coloquei rebites novos e de aço (na junção da trave de popa com a trave de estibordo e no cadinho do mastro). Dessa vez foi mais fácil trabalhar pois levantamos a Fenix com cavaletes.

O trampolim novo e preto dá um excelente visual ao barco.

Foram 12 horas de trabalho na baixa umidade de Brasilia! (foto).

Temos pela frente o alinhamento das canas e do leme, a furação das laminas dos lemes, a colocação das ponteiras das talas e decifrar porquê a vela mestra não está subindo até o fim do curso.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Gabarito de Furação do Leme


Vamos furar a folha do leme novo que chegou depois do acidente. O gabarito de furação é o da foto. Só se fura uma vez, muito cuidado...

sábado, 1 de setembro de 2007

Acidente com leme e resgate



Tudo na vela é sempre uma surpresa.

Tudo parecia certo hoje: bons ventos e chegamos cedo no clube. Isso permitiu que fizéssemos alguns dos reparos pendentes. Decidimos que melhor seria adiar os reparos demorados para um dia sem vento.

Um dos reparos que fizemos foi tirar a folga da lamina do leme direito na caixa de fundição (“lower casting”). Usamos grandes arruelas de plástico para retirar as folgas. Nós mesmos fizemos estas arruelas de plástico a partir de tampas redondas de plástico de alimentos enlatados. (foto abaixo).



Para colocar as arruelas caseiras desmontamos o leme e quando voltamos com a lamina para a caixa do leme, batemos levemente o pino de alumínio que segura o leme ao casco para que ele entrasse no local. A folga foi retirada e tudo estava bem.

Lá fomos nós, aproveitar o dia de vento!

Barco na água, velas caçadas!

Logo no primeiro bordo, notei que a barra transversal do leme de bombordo estava mais alta. Quando coloquei o barco em panos para verificar, percebi que a fibra de vidro no casco onde entra a extremidade superior do pino do leme havia se rompido totalmente. Provavelmente esta fibra (que depois percebemos que não era fibra!)foi enfraquecida quando batemos o pino do leme, durante a colocação das arruelas de folga.

Dessa forma, a parte superior do conjunto do leme estava solta e forçando a parte inferior, ainda presa ao casco pela ferragem de popa.

Abro um parêntese aqui. Só depois de examinar os manuais percebi que da forma como o barco nos foi entregue, havia apenas o apoio inferior da ferragem de popa e que “aparentemente” nunca tivemos o apoio superior (ver figura), onde o pino do leme também deveria se apoiar. Assim, até agora (vamos corrigir) nossos pinos de leme estão apoiados em apenas um ponto (o inferior) e na fibra. Na figura mostrada, ve-se que a ferragem de popa correta é inteiriça e tem dois pontos de apoio sendo que o pino ainda passa pela fibra.

Pois bem: sem o apoio superior e com a fibra quebrada, a situação criou um braço de alavanca acionado pela força da água no leme.

Não demorou muito e este braço de alavanca foi capaz de arrancar o todo leme direito, rompendo a junção da cana com a barra transversal e o apoio inferior da ferragem de popa (que fica aparafusado na face de popa do casco). E lá se foi todo o conjunto do leme de bombordo para o fundo do lago!



Depois de baixar velas, fomos rebocados pelo salvamento do clube. Foi difícil descer a mestra e aprendi uma lição: antes de sair, verifique se, em toda sua extensão, a adriça da mestra ficou desimpedida de qualquer outro cabo, de forma que seja fácil e imediato baixar a mestra em água.

No processo de baixar a mestra, tive que ficar em pé na popa do trampolim que cedeu ainda mais na costura que já estava rasgando. O diagnostico não poderia ser outro: não vale a pena continuar com este trampolim. É pedir para rasgar ainda mais, debaixo dos 100 quilos de meus companheiros.

Ou seja, toda a seqüência começou com o rompimento da fibra de vidro onde o pino do leme se apoiava no casco. Agravado pelo fato de que não tinhamos apoio superior na ferragem de popa.

Já em terra, fomos examinar o local do rompimento. Nosso diagnostico adcional (e do prático do clube que lida com fibra de vidro) foi de que o reparador anterior do casco colocou pouquíssima manta de fibra neste local critico. Cobriu quase tudo apenas com massa automotiva (quase 1 cm de espessura no local)! Esta massa "fraca" não teria sido "fatal" caso tivessemos os dois pontos de apoio na ferragem de popa, conforme o original do barco.

No entanto, conforme dito acima, estavamos velejando com apenas o ponto de apoio inferior (mostrado rompido na foto).

Sendo um local onde o leme exerce muita pressão, a massa cedeu...

Tudo isso nos leva ao seguinte:

Vamos ter que comprar um trampolim novo e um novo conjunto do leme de bombordo. Ou isso ou não podemos usar a Fênix.

Lista das coisas a fazer:

1. Refazer a fibra rompida no casco para apoio do pino do leme
2. Verificar/refazer a fibra no leme de estibordo
2. Colocar as ferragens de popa corretas (com dois pontos de apoio)nos dois bordos (6 parafusos cada)
3. Instalar todo o novo conjunto de leme de bombordo
4. Trocar também a ferragem de popa do leme de estibordo para ficar compatível
5. Cobrir o bordo direito com o EVA
6. Instalar um novo trampolim
7. Instalar ponteiras para as talas da mestra

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Vela de Aventura - Perigo a frente


Muita gente vai duvidar...mas no Lago Paranoá temos uma queda d'água bastante acentuada.
Em nosso último passeio resolvemos testar os dispositivos de vôo livre embutidos nas laterais dos cascos da Fenix.

Entre outras razões estes dispositivos de vôo foram instalados para fazer jus ao nome de passáro do barco. Afinal, toda Fenix tem que voar!

Usamos esta famosa queda chamada de Naiagá-Parô-Hoax (vide foto) como rampa para impulsionar o lançamento.

Um amigo, posicionado no topo de uma árvore na margen (acho que era uma Casealpinea Ferrea), capturou o momento exato do lançamento.

Ficamos um pouco molhados mas tudo funcionou bem nesta primeira tentativa. Meu companheiro de vela ficou um pouco chateado porque sua barra de nutri com queijo, que estava amarrada no trampolim, se perdeu durante a aventura. Acho que caiu na água e foi devorada pelo legendário Kraken, que como meu companheiro, também é vegetariano.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Grandes reparos




O tempo está passando e a Fenix vai entrando em forma.

No entanto há duas partes que ainda precisam de uma reforma mais radical e portanto mais cara.

Uma delas diz respeito a renovação das ferragens de controle da buja. Cada lado custa cerca de 500 reais apenas em peças. Vamos ter que pensar em como fazer isso com um orçamento mais modesto.



A outra parte é mais em conta. Temos que repor todas as cabeças de talas. Quando compramos a vela usada em Recife nos foram remetidas as talas sem as cabeças. Estamos velejando com as talas amarradas diretamente no olhais das vela o que sem dúvida é uma solução precária pois os ajustes de tensão das talas são quase impossíveis.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A report


A report…

Jarbas and I have moved the Zodiac boat across to the Club. Jarbas had to take out the carburetor, take it to pieces, clean out lots of gunge in it, before it worked properly. He clearly knew exactly what he was doing, and the boat and engine are now working well. Along with the boat at the club are
(a) the cloth to cover it
(b) the foot-pumping device
(c) the petrol tank, which is actually fitted into the engine while it goes.
(d) The stand for the motor

The boat is tied up inside the marina ready to be viewed and driven. The separate items are in the J. box.

A few points:
(a) The engine needed a key. Jarbas wired it to circumvent the key. Do we have a key for the engine?
(b) There are places to put two paddles, but no paddles. (I borrowed 2 from the canoe set of 4 so we had them when we crossed, but brought them back)
c) There is no rubber repair kit anywhere in the storage shed. This is an important component of the boat kit. Do we have one stored somewhere else, or is it gone?

Jarbas did a great job, and worked from 10.00 until 2.30…

It was a great ride across …

H.

domingo, 19 de agosto de 2007

Fotos da Fenix em pleno lago


No dia 11 de agosto, em sua segunda velejada e ainda em testes, cruzamos com uma moça sentada em uma prancha de windsurf bem no meio a raia norte (!!) fotografando o pessoal de windsurf que zunia no vento de 15 Km/hora.
Ela foi muito gentil e tirou umas fotos nossas que ficaram excelentes.
Nem sempre se tem alguem tirando fotos no meio do lago! Obrigado ao Saulo que nos mandou as fotos!

1a Aula de Vela - Fenix

sábado, 11 de agosto de 2007

Segundo vôo da Fênix e novos ajustes


No dia 11/08 (sabado) com o vento a 15 km/hora em Brasília, fizemos o segundo teste de água do Fenix. Cheguei bem cedo no Clube e armamos o barco. Foi um dia maravilhoso e ficaria ainda melhor se tivesse sido possível ficar o dia todo. O Dan veio de proeiro pois meus companheiros estavam ocupados.

Foi um aprendizado para nós dois com facilidades e dificuldades para cambar vez por outra. Os meninos também vieram e fizeram parte da festa embora eu não os tenha levado para velejar, pois o vento estava muito forte.

O barco está orçando bem, mas encontramos alguns problemas:

Os excêntricos dos dois lemes estavam desregulados e as laminas dos lemes não permaneciam travadas durante a velejada.

Sem ficar travado na posição correta os lemes ficam muito pesados na velejada. A razão (em inglês se chama muito “tiller tug” ou "puxada da cana do leme" que traduzo livremente por "leme pesado"). Com o leme fora de posição e um pouco girado para cima, a força que é aplicada no ponto equivalente de centro de leme pela água é multiplicada por um (maior) braço de alavanca. Este braço de alavanca é a distancia horizontal entre o “ponto de centro do leme” e o “eixo do pino” em torno do qual o leme gira.

Com esta distancia muito maior do que o que deveria ser, o leme fica “puxando forte” pois o braço de alavanca age de maneira multiplicadora.

Para um leitura completa sobre leme puxando para barla ou leme de barla e sotavento veja o excelente artigo em:

http://www.thebeachcats.com/News-article-sid-15.html

Quando o leme está posicionado para baixo corretamente puxa pouco. E permanece sem puxar, pois é travado em posição correta pelo excêntrico.

O que fizemos? Ajustamos as molas que empurram os excentricos para cima. Depois de ajustadas, as molas (na figura acima, o sistema da mola e sua tampa de borracha é chamado de "tensor") empurram o excêntrico com a força correta (um pouco menos de pressão, no caso) e ele pode girar, alcançar e permanecer na posição que trava o leme em posição. Antes o excentricos estavam recebendo muita pressao da mola e portanto não giravam. Ao não girar, não permitiram que os lemes travassem em posição.


Fizemos alguns ajustes também na posição da lingüeta de trava para que o dente do excêntrico encaixasse ainda melhor.

Outro problema: os parafusos da placa na testa da buja estavam muito comidos de maresia (estas velas eram de mar) e soltaram. As placas de desprenderam da vela, o melhor é comprar novos parafusos e porcas de inox exatamente do mesmo tamanho.

Abaixo coloco a foto da nova placa colocada um semana depois de constatado o problema:




A cupilha da parte inferior de um dos pinos de leme está faltando e o um dos pinos de nylon da cana do leme está sem a porca inferior.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Duas viradas de uma só vez

hobie cat

A Torre dos Ventos em Atenas - veja aqui

The Tower of Winds (Horologion of Andronicos)

Sobre os ventos - Deuses gregos e ironia



A ironia dos ventos de fim de semana

O fim de semana de 4 e 5 de agosto de 2007 em Brasilia parece ter sido feito para passar raiva nas pessoas que durante os dias da semana só podem ficar olhando para a janela de um escritório, sem poder ir velejar. Durante toda a semana fez um vento maravilhoso no Lago Paranoá (10-15 m/s). Mas o que acontece no sábado e no domingo? Nada de vento....apenas brisinhas....e o que acontece na segunda seguinte? Novamente ventos fortes.....parece coisa do canhestro... Mas eu já falei para o pessoal que de presente dos dias dos pais quero um dia livre só para velejar e com bons ventos...vamos esperar o sabado do dia 11 de agosto, véspera do dias dos pais.

Qual é mesmo o deus grego que comanda os ventos?



Na verdade, como os gregos não economizavam Deuses, eles tinham OITO Deuses para os ventos!

Um para para cada um dos oito quadrantes, dependendo de onde o vento vinha!

Muito prático pois assim os marinheiros poderiam rezar direto para o deus da direção correta, sem perigo de pedir um vento por reza e ele vir de uma direção inconveniente.

Aqui vão os quatro ventos-deuses principais:


Boreas - vento norte
Zephryos - oeste,
Notos - vento sul
Euros - leste.
.

Na foto que ilustra esta postagem, vemos o Deus do Vento Oeste (Zephyrus) em um encontro sensual com sua irmã (Hyacinthque).

Esses gregos!!!

Nada de culpas cristãs e ainda não tinham inventado o chato do Freud!

Se ficou curioso e quer saber sobre os outros Deuses do Vento ver em:

http://www.mlahanas.de/Greeks/Mythology/Anemoi.html

Peço que pelo menos um deles nos abençoe nos próximos dias de fim de semana...

Tentando encontrar companheiros de vela em Brasilia

Já se passaram duas semanas desde que levamos a Fênix para o seu novo lar temporário no Clube da Aeronáutica. Lá teremos as condições mínimas de apoio para prosseguir com os consertos e os aprendizados. Esta semana tentei localizar mais pessoas que velejem HC16 em Brasilia e consegui identificar duas pessoas, uma no Iate Clube e outra que tem o HC16 em casa. Se conseguirmos fazer uma lista com os emails de todos e podemos reunir este grupo, que parece bem disperso.

Capas de proteção

Tenho feito orçamentos para confeccionar a capa de proteção do barco em plástico azul. Os orçamentos em Brasilia estão em torno de 450 reais (capoteiros na Asa Sul e Vila Planalto) sendo que o capoteiro oficial de HCs em São Paulo me orçou em 360 reais para HC16 (sem o frete). Acho melhor fazer em São Paulo pois tenho uma de suas capas e é muito bem acabada.

Veja em:

http://www.dombrowsky.com.br/lonas.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Pan e HC16 no Brasil

Veja o motivo da desclassificação do pessoal de Hobie Cat 16 no Pan em:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM707427-7823-NEGADO+O+RECURSO+DOS+BRASILEIROS+DA+VELA,00.html

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Bom atendimento é tudo!

Bom atendimento é tudo!

Eu não sei realmente quanta gente anda lendo este Blog, mas de qualquer forma eu acho justo deixar aqui o meu testemunho e agradecimento para o pessoal do atendimento das lojas de peças.

Em especial ao Airton em Brasilia (Brasilia Náutica - http://www.brasilianautica.com.br) e a Jane da Tom&Cat em São Paulo (http://www.tomcat.com.br).

A Jane tem uma paciência incrível e sabe mesmo atender via digital (email e outros). Nada lhe escapa e as respostas são sempre precisas!

No entanto, na última consulta de orçamento ela me surpreendeu ao mandar por email as fotos individuais de todas as ferragens para controle da buja.

Ainda não tenho certeza se vamos comprar, mas sabemos (graças à Jane) onde comprar, o que comprar e quanto custa.

Obrigado a Jane!

Eu conhecia apenas a Dani, mas não se ela ainda está lá no Tom&Cat. Da próxima vez que for a São Paulo, havendo tempo, vou até a Tom&Cat para conhecer a Jane pessoalmente.



Na foto acima estão as peças para montar um traves de buja (sentido horário):

Carro do Traveller (Tom & Cat + Nautos)
Base para mesa (Hobie Cat ref. 1161)
Mesa giratória pequena (Nautos ref. 91147)
Moitão de encosto (Nautos ref. 92418)

Na foto abaixo ve-se o controle de buja montado no traves frontal, conforme vendido pela Murray em

http://www.murrays.com/mm5/merchant.mvc?Screen=PROD&Store_Code=MS&Product_Code=01-3120

que custa cerca de 250 dolares para cada lado da buja!!!!

Reforma total => 500 dolares!!!! sem contabilizar impostos de importação.

domingo, 15 de julho de 2007

Plano de Vôo - Destino Clube da Aeronaútica!


Já estamos na terceira semana de julho e pela frente temos apenas agosto para que chegue ao fim a temporada de ventos fortes em Brasília. A Fênix já está em condições mínimas de velejar. Claro que antes de fazer o primeiro testes na água eu gostaria de ter alguns de suas partes mais bem acabados.

Principalmente aqueles pontos que dizem respeito a segurança do barco com ênfase naqueles que importam caso o barco vire. O certo é que mesmo com o flutuador de ponta de mastro instalado (que impede que o barco chegue a virar completamente, o famoso estilo “tartaruga”, isto é com o mastro apontando para o fundo) ainda deveríamos testar se o mastro está estanque. Mastro estanque significa que caso o barco emborque, a água não penetrará dentro do mastro. Se o mastro não está selado e bem estanque, o peso adicional da água no mastro torna o barco bem mais difícil de ser desvirado - senão impossível. Outro sistema que deveria estar pronto e fácil para uso é o sistema de cabos “havaiano” de “descapotamento”.

Apesar de termos provisoriamente o cabo da escota velha amarrada aos pilões do barco e que serve de cabo de desvirar, o certo seria ter todo o esquema de polias do sistema havaiano funcionando perfeito. Na foto abaixo mostro o sistema havaiano tradicional, montado e visto por baixo (onde ele fica). A foto foi obtida do manual de montagem do Hobie Catsy.


Considerando que o R. tem 120 quilos e eu 65 temos um peso total de 185, o que dá cerca de 411 libras o que está bem na medida para desvirar o barco em ventos de até 8 nós (14 Km/hora).

Ventos mais fortes fica ainda mais fácil desvirar.

Hoje passei boa parte do dia revendo os sites na internete e os grupos de discussão sobre como são os sistemas de desvirar e quais as técnicas para pessoas leves (como eu) desvirar Hobie Cats 16 sozinhos. Não há muito que possa ser feito, mas ainda assim é possível tentar. Existem sistemas de alavancagem com tirantes que podem ser usados para aumentar o torque de uma pessoa com pouco peso.

Bom...seja lá quais forem as condições na semana que vem devemos levar o barco da Península Norte para o Clube da Aeronautica. São apenas oito quilômetros e o traçado do percurso pode ser visto na foto deste blog.

domingo, 8 de julho de 2007

Ajustes antes do vôo


Parece que a Fenix está pronta para o primeiro vôo. Já estamos até sendo alvo de brincadeira das esposas, que a meses nos vêem metidos em reparos, camisetas e bonés de um barco que nunca coloca os cascos na água!


Mas hoje, depois de testar o içamento de todo o velame e fazer o primeiro ajuste do estaiamento estamos confiantes que da próxima vez velejaremos da QL7 Norte para o Clube da Aeronáutica.

Retiramos dois dos três extensores frontais e obtivemos um caimento que consideramos adequado. Tivemos ajuda do Pepe e Beto que - com sua experiência de proeiro de 470 - matou a charada de como passar a escota da buja pelas ferragens da Fenix que são da década de 70 (acho).

O que falta? Falta o cabo da testa da vela, a manilha para unir o garlindéu à mestra, o cabo de caçar a esteira da mestra, os ajustes finais dos lemes (que ainda está folgado), mais um tensionamento do trampolim, o segundo par de trapézios.

Com a Fenix no Clube da Aeronáutica faremos estes ajustes e reparos restantes.

O mais importante e mais caro vamos deixar para depois de termos outros Hobie 16 para referência: a renovação das ferragens do sistema da escota da buja.

sábado, 30 de junho de 2007

Dia 30 – Acertos, bonés e mastro


Hoje instalamos a nova adriça com cabo pré-tensionado (20 metros) que nos parece certa.

A redução de 30 cm no estai frontal foi o suficiente e pudemos erguer o mastro usando a técnica de apoio no cadinho do través frontal.

Só o fizemos por insistência do R, pois eu ainda não estava muito confiante de que devíamos tentar isso sem ter como passar um pino de aço para formar o ponto de giro do mastro sobre o cadinho.

Mas usando um cabo de aço no lugar do pino e grimpado com o alicate de pressão (foto) tudo foi bem. Erguemos o mastro com duas pessoas. Um cabo ligando o estai frontal aos brandais frontais durante o içamento e fazendo as vezes do brandal frontal ajudou.

Agora precisamos içar a vela mestra e ajustar todo o estaiamento pelos extensores laterais e frontais (tivemos que usar três extensores frontais).

Os bonés de jeans com o logotipo da FENIX bordados ficaram prontos, somente para os capitães. Muito elegantes, devem ser usados na inauguração do barco.


Ainda deu tempo de fazer ajustes nos trapézios e colocar o logotipo no lado direito do barco (foto).




Próximas tarefas:
- Fazer o teste de içamento de todo o velame
- Ajustar estaiamento com as velas içadas
- Resolver as cabeças de tala
- Resolver escota e ferragens da buja

- Colocar adesivos no casco esquerdo
- Novo tensionamento no cabeamento do trampolim
- Teste dos cascos na água
- Colocar tiras de borracha antiderrapante nos través laterais
- Confeccionar trapézios de proeiro

domingo, 24 de junho de 2007

Reparos do dia 24 de junho



Neste domingo, mais um dia de reparos.

Avanços: colocamos adesivos com o nome do barco (FENIX) nos dois lados do flutuador de mastro. Instalamos os trapézios do proeiro. R. fez o acabamento no encaixe da extensão do leme permitindo que ele rode corretamente. As mangueiras protetoras do extensores dos estais laterais foram colocadas. Aprendemos uma nova versão de um ditado nacional com o R. O dificil foi traduzir o ditado. Ainda continuamos procurando novos usos múltiplos para pregos dentro da prática moderna da vela esportiva. Um pouco mais de prática e algumas quedas de mastro e chegamos lá.

Mas o incrível foi que a nova adriça de aço não funcionou bem. O nicopress ficou com um diâmetro largo demais para correr livremente na roldana do topo do mastro e o cabo de aço está espesso e pouco flexível.

Faltou também um cabo adequado para a adriça. Concluímos que o correto será usar 20 metros de cabo 5 mm pré-tensionado. Apesar de tentarmos com um cabo improvisado não foi possível erguer a mestra até o final e engatar a adriça na unha do topo do mastro. A conclusão é que se o cabo da adriça é fino demais fica difícil de içar e se for grosso não corre na roldana. Outro ponto: se o cabo não é do tipo pré-tensionado tem-se uma situação na qual quando a vela está quase toda suspensa e portanto com todo seu peso tensionando a adriça, as puxadas, ao invés de içarem a vela, alongam e esticam o cabo.

Para se testar o estai frontal precisávamos que a vela fosse içada e para isso claro, tivemos e conseguimos erguer o mastro. Desta vez com apenas três pessoas e usando o método tradicional de apoiar o mastro no chão e depois levantá-lo na vertical.

Com a vela mestra içada fizemos medidas e apostamos que o estai frontal terá mesmo que ser cortado em 30 cm para se que se tenha a inclinação correta do mastro para trás.

Tarefas para casa:

1 - Reduzir o estai frontal em 30 cm;
2 - Refazer o cabo de aço da adriça;
3 - Comprar 20 metros de cabo 5 mm pré-tensionado para a adriça da mestra.

Quebramos a cabeça para entender como passar os cabos de controle da buja neste velho HC, mas ainda não temos solução já que todas as referências e fotos de montagem que encontramos não casam com as ferragens instaladas no bordo de proa.

Algumas decisões foram tomadas. H. - que vai para o exterior por cinco semanas - tentará encontrar as cabeças de talas e a borracha antiderrapante para os bordos. R. estará encarregado das camisetas e eu fico com os bonés.

O plano é tentar velejar primeiro até o Clube da Aeronáutica.

Deverá ser o primeiro teste da FENIX.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Cabo adriça e outros detalhes


Bem, nesta última semana tivemos alguns avanços. Esticamos o novo cabo do trampolim (vermelho) e rebitamos os trilhos frontais e a cabeça do mastro.

Depois de uma primeira confecção enganada, o pessoal da Brasilia Náutica acertou como confeccionar corretamente o cabo de aço da adriça. Os nicopress devem ser arredondados de forma a passar por dentro da cabeça do mastro pela roldana interna.

A primeira montagem (que não deu certo) foi feita com os nicopress achatados em forma retangular o que impedia que o cabo corresse corretamente (ver na foto a montagem final e correta).

O H. está cuidando dos acabamentos do carro de atraque que está sendo pintado e acarpetado.

No fim de semana enquanto todos ainda dormiam em casa, fiz a costura dos olhais para os cabos do trampolim, conforme a ilustração do vídeo de marinharia postado aqui neste blog. Depois de fazer dois cabos acho que posso confecionar esta arte sem ter que consultar o vídeo.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Lavando o trampolim


Retirei o trampolim e resolvi levar para casa para dar um boa limpada.

Como já havia dito em outras postagens, o barco estava abandonado por muitos anos. O trampolim que é uma das partes mais visíveis do barco e que muito influencia na aparencia geral tinha boas manchas encardidas apesar de estar em bom estado.

Como já ia trocar o cabo do trampolim resolvi que seria até melhor retirá-lo para uma boa lavada com vassoura piaçava, no estilo esfregão de convés. O que eu não contava mas que foi uma experiência e tanto foi a ajuda do Vinicius.

O logotipo da Fenix!!!


Esta semana ganhamos a adesão de um artista para o Grupo de Vela.

Convidei o Cacá Soares para nos brindar com sua arte e pensar em um logotipo para o nome de nossa Fênix. Mandei o endereço deste blog e falei com ele ao fone.

Não se foram mais que dois dias e recebemos essa linda idéia da foto, que pode ser executada em vinil e aplicada nos dois cascos, fazendo uma bela vista.

Vamos agora submeter esta arte para o resto da turma, mas tenho certeza que todos vão adorar.

Parece uma asa da Fênix, azul e voando.

E o que é uma vela senão uma asa?

domingo, 10 de junho de 2007

Marinharia em cabos


Este outro vídeo (é longo!) mostra a técnica de como se fazer um cabo trançado. Fazemos isto em alguns cabos de Hobie Cat. São cabos bem mais finos dos que o mostrado no vídeo mas a técnica é basicamente a mesma.
Ver na foto seguinte como a lição deste vídeo foi aplicado no cabo do trapézio. Ao ver o resultado meu pai disse que já estou apto a fazer arreios para cavalos. A técnica é a mesma.

A clássica "capotada" de frente

Este vídeo demonstra bem como se capota um Hobie Cat de frente, quando se "enterra" a banana de sotavento em uma onda. Veja o vídeo até o fim pois a capotagem só ocorre no fim. Devia estar muito muito frio!!!

sábado, 9 de junho de 2007

O cabo da adriça - pequenos macetes


Hoje fizemos algumas medidas para que fosse possível confeccionar o estai frontal e o cabo de aço da adriça.

Sem um outro barco perto para fazer comparações tudo é um desafio. Foi assim para diferenciar apenas pelos manuais da internet, entre o que se chama de “comp-tip halyard” (adriça de competição) e “non-comptip halyard” (adriça para cruzeiro).

Parece que a Fênix precisa de uma adriça de competição já que no topo do mastro temos uma ferragem em forma de unha que segura uma “luva” feita com dois nico-press, idêntica a que tenho no Hobie Cat 14.

As duas extremidades do cabo de aço da adriça de competição são diferentes. Em uma das pontas é colocada uma sapatilha, acompanhada de seu respectivo nico press. Esta é a extremidade que vai se conectar com o topo da vela mestra, através de uma anilha.

Na outra ponta não se deve colocar sapatilha, mas apenas fazer o "olho" do cabo e fechá-lo com um nico press (se houvesse uma sapatilha nesta extremidade, ela impediria que o cabo de aço entrasse e corresse por dentro da roldana do topo do mastro).

O mais particular deste cabo: devem ser colocados dois nico press (um na seqüência do outro) mais ou menos a cerca de 32 cm da extremidade da sapatilha. Estes dois nicopress formam uma “manga” saliente no cabo. Esta manga (ou luva) se prende na ferragem tipo unha (que fica rebitada no mastro) e impede que a adriça corra livremente quando o barco está armado e a vela tensionada. A unha "segura" (prende a manga e portanto a adriça) e recebe a tensão colocada na testa da vela quando a vela mestra esta içada.

Como cada Hobie Cat é montado com a unha em uma altura diferente do mastro (pode variar um pouco para cima ou para baixo) a altura do cabo onde se prensa os nico press da manga/luva é crucial.

Assim, ao invés de se arriscar se cortar o cabo de aço e prensar os nicopress na medida ou local errado, o melhor é descer o mastro e medir o tamanho certo para cada barco e só depois confeccionar o cabo da adriça.

Nesse dia fizemos também a medida certa do estai frontal (aparentemente deve ter 5,8 mts). Retiramos o trampolim para limpeza e troca do cabo (16 metros). O R. levou um excelente parafuso com porca para a cana de leme para substituir o tal do prego (não conseguimos achar um pino com cupilha longo o suficiente). Mas a extensão da cana do leme (que foi comprada nova) terá ainda que ter sua ponta prensada de forma a adquirir uma capacidade de rotabilidade total na direção da popa do barco (esta rotabilidade é necessária durante a manobra de cambagem).

O Jucá lavou todos os cabos na máquina de lavar a roupa e o H. pegou as rodas do carro de atraque, compradas pelo R. Novamente tivemos a presença do Seu Deco que nos ajudou a selar as pontas dos cabos do trapézio, provisoriamente instalado para que depois arrumemos os detalhes.

Na intenção de tirar as medidas para o estai frontal e para o cabo de aço da adriça, tivemos que descer o mastro mas decidimos usar um outro metodo de descida (diferente do metodo força bruta usado na vez anterior)...parece que não deu certo...o mastro caiu no chão! Felizmente não tivemos um acidente.

Na queda, a cabeça do mastro se soltou e teremos que rebitá-la novamente no local. Vamos aproveitar para lubrificar a roldana interna e limpar a cabeça do mastro (que estavam cheias de lama e terra!).

domingo, 3 de junho de 2007

A natureza magnética da Vela



Sei que não deve ter muita gente lendo esse Blog, mas de qualquer forma continuo registrando a evolução da recuperação da Fênix e os fatos que vão se formando no entorno desta atividade.

Ontem foi um dia memorável.
Sempre que se reúne um grupo entorno de uma idéia ou propósito têm-se aquelas dúvidas sobre o compromisso das pessoas em se dedicar efetivamente. Neste grupo não há motivos para este tipo de preocupação: estamos sempre todos lá e ainda atraímos alguns amigos.

A vela tem essa natureza magnética entre as pessoas.
Bom... ontem. Ontem foi a primeira montagem geral do barco. Tudo correu bem.

Como convidados tivemos um amigo do R. (Pedro) e o E.S. (amigo do Jucá). O P. veio ajudar a tomar o uísque (segundo ele mesmo) e o E.R. ficou de nosso fotografo.

Todos que chegam pela primeira vez ficam admirados com a linda vista que se tem do Lago Paranoá a partir do terreno do X. É uma sensação de paz ao olhar para este braço estreito do lago onde facilmente se pode imaginar um rio preguiçoso e lento, perdido em alguma fazenda do interior do Brasil.

H. trouxe cervejas e água (que salvaram o dia) e bateu várias fotos. Também aproveitamos para conferir todo o material de pintura e acabamento que H. comprou durante a semana para dar os últimos retoques nos carro de atraque. Está tudo pronto para isto também. O pessoal do Hobie Cat 14 (Pedrinho, Gustavo e Ian) também estava lá e nos ajudaram (eles ainda estão um pouco enrolados com a adriça do HC14).

Ficamos até escurecer, com bons progressos na montagem.

Iniciamos pela colocação dos novos estais (laterais e frontais) no propósito de içar o mastro em posição.

Logo de saída, descobrimos que os estais frontais - comprados pelo R. na Marina Wind Shop -foram montados com olhais menores que os especificados pela fábrica e portanto NÃO PASSAM pelas manilhas balão de 8 mm. Segundo o manual de partes do HC16, as manilhas de mastro dos estais frontais tem que ser manilha balão de 8 mm (número da parte é 1-99220210). Temos então que trocar as manilhas de 8mm por manilhas de 6mm.

Para içar o mastro ao seu lugar, geralmente se usa a técnica da inclinação apoiada na base do mastro mas como havia muitas pessoas no local, decidimos usar o método da força bruta que é simplesmente levantar o mastro e coloca-lo no cadinho de apoio.

O momento mais emocionante da tarde (já quase no fim da jornada) foi quando - com o mastro seguro pela equipe e em posição de equilíbrio precário - descobrimos que o mastro tão inclinado estava para trás que não ficaria estável. Razão? Achamos no momento que o estai frontal, também comprado na Marina Wind Shop, vieram na medida errada (muito longo? 5,8 mts).

Depois de muita pesquisa na internet encontrei uma referência confiável com TODAS as especificações e medidas de cabos e estais do Hobie Cat 16. Segue o link:


http://www.hcana.hobieclass.com/default.asp?id=2169

Depois de subir e descer o mastro algumas vezes para fazer medidas e trocar o "novo" estai frontal por uma combinação de cabos improvisada, conseguimos içar o mastro. Acho que pela primeira vez em muitos anos este mastro está em seu local. Até onde sei, os dois últimos donos, nos últimos 8 anos, nunca velejaram no barco.

R. trouxe seu sogro, o “Seu Deco” para ajudar. Já de casa, “Seu Deco” fez um excelente trabalho, selando as hastes dos lemes com madeira. Os lemes foram montados sem grandes problemas e alguns ajustes com um lima de ferro foram necessários para que um dos pinos do leme entrasse na sua guia. Precisamos desempenar uma das canas do leme que já estava torta de origem. A nova barra transversal do leme ficou bem, sendo que o pino a une à cana do leme era curto demais. R. improvisou um prego no local. Precisamos tirar este prego de lá e colocar o pino correto, o prego foi colocado apenas termos a sensação de que o barco estava montado.

Vamos preparar também algumas “arruelas grandes de plástico” para instalar entre o leme e a caixa do leme, de forma a reduzir a folga e o atrito do leme com a caixa. O material ideal para confeccionar em casa estas arruelas são as tampas internas de plástico branco que vem em latas de leite em pó.

Depois de experimentar as peças que temos disponíveis, parece que o estai frontal será montado no estilo original do ano do barco ou seja: usando o bloco retangular que une o estai frontal curto ao estai frontal longo. Este bloco (número 12 na figura) faz a conexão entre os dois estais frontais e contém uma polia por onde passa a adriça da buja (ver detalhes da montagem na figura abaixo).



Bom, se eu tivesse que fazer uma lista das coisas "grandes" que precisam ser feitas, eu diria que ainda falta:

1. montar decente e corretamente o sistema de trapézios;
2. instalar um novo cabo do trampolim;
3. resolver toda ferragem de içamento da buja;
4. resolver a ferragem e cabos de controle da buja;
5. instalar as tira de borracha antiderrapante nos traves de bombordo e estibordo;
6. desempenar a cana do leme;
7. ajustar lemes, estais, velas e talas;
8. confeccionar o adesivo com o nome do barco.

Agora é só marcar a próxima sessão de montagem. Acho que da próxima vez podemos fazer o primeiro teste de água.

domingo, 20 de maio de 2007

Como desvirar o HC16

sábado, 19 de maio de 2007

Caixa de Leme - Antes e depois


Poucas palavras. De detonado para novo.

Novidades e seguindo - Fenix em Maio 2007


Hoje, dia 18 de maio, chegaram as peças que estavam faltando para a montagem inicial do Fênix. Somando todos os gastos, o custo total de recuperar está acima do que pretendíamos inicialmente.

Mesmo com o esforço de buscar peças usadas ou canibalizadas, estamos um além das expectativas iniciais. Parte se deve ao fato que não é fácil encontrar Hobie Cats 16 que possam ser “canibalizados”. Na verdade, em Brasilia não encontramos nem um barco apenas que pudesse ser usado para este fim.

Aparentemente o pessoal do clube de windsurf comprou todos os Hobie Cats 16 usados de Brasília. Suspeito que apenas em Recife (que sempre foi a "Meca" dos velejadores de Hobie Cat 16) seja possível encontrar barcos abandonados de onde se possa extrair peças.

Claro que peças novas podem ser encontradas, fabricadas fora do Brasil, o que explica os preços altos pelos impostos e margens da cadeia de revendedores. O nosso amigo H. - com seus contatos no Reino Unido - ainda fez uma pesquisa lá pelas terras da rainha para ver se compensava trazer peças de fora mas quando comparamos aos preços orçadas em São Paulo e em Recife, ficava tudo igual.

O real está em um dos seus períodos mais fortes (1 R$ = 1,98 US$) o que significa que estamos comprando peças importadas um pouco mais baratas que no passado.

Agora que temos a maior parte das peças, podemos ficar tranqüilos em se iniciar a montagem sem que algo mais essencial nos falte.

Estamos em fins de maio e os ventos mais fortes da época de seca em Brasília já começaram a soprar. Assim que o barco estiver em condições de velejar devemos levá-lo para algum outro local nas margens do Paranoá.

O local que estamos sedidos fica em um braço de água na Península Norte, o que faz com que nossa área inicial para velejar seja muito estreita. Isto nos força a ter trechos curtos de orça e muitas cambagens, o que não é bom para o R. e o H. que - nessa primeira etapa - ainda estão aprendendo a velejar.

Se você tem Google Earth pode se orientar pela foto acima para ver o braço do Lago Paranoá onde estamos.

Estamos a busca de algum “benfeitor” que nos abrigue e que esteja mais próximo à grande “boca” ou área da parte norte do Lago Paranoá. Isso seria excelente. Essa área mais propicia á vela e mais aberta do Lago Paranoá é chamada de “Raia Norte”.

O clube de windsurf fica bem de frente a esta área privilegiada e talvez a gente acabe colocando a Fenix por lá mesmo.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Coletando as peças, aprendendo a montar!





No fim de semana de 5 de maio, conseguimos finalmente começar a levantar “vôo”! Depois de conferir todas as peças remanescentes do barco destruído e muita pesquisa na internet em busca de manuais, a última etapa era fotografar um Hobie Cat 16 todo montado.

Levamos a câmera digital e assim na hora da montagem podemos fazer comparações. Temos agora uma lista mais completa do que iremos precisar. O Jucá continua fazendo uma pesquisa de preços em vários lugares, pois queremos manter os gastos mínimos. Mais alguns dias e será possível ter a maior parte das peças aqui em Brasilia. Claro que na última hora sempre irá faltar algo, mas nesse caso podemos recorrer as lojas locais.

As peças mais caras são a caixa do leme, a barra completa do leme e o flutuador para mastro.

Cabe dizer que fomos unânimes e concordamos que vale a pena investir no flutuador para mastro (zepellin). Queremos evitar a triste surpresa de capotar com o mastro para baixo! (turtle capsize). Desvirar um Hobie Cat 16 nestas condições não é exatamente divertido ou fácil.

Lista de Peças em Maio
Junção do leme (inclusive com regulador, end cap, distorcedor da junção)
dois eixos/parafusos de nylon (para barco série antiga) para unir a barra do leme com as canas do lemes (com as respectivas porcas de nylon)
1 caixa de leme HC16
1excentico do leme
1eixo de excêntrico
1 manilha tipo balão de 8mm
1 manilha tipo balão de 8mm
1 esticador de proa de 10 furos
1 manilha balão 6mm
2 manilhas 3/16
5 pinos de aco com anilhas
01 FLUTUADOR PARA MASTRO HC 16 (zepelin) COM SUPORTE

Dois lugares em Brasilia foram visitados neste dia: inicialmente o pequeno clube de windsurfistas que fica ao lado do Hotel Bluetree, onde o clima é simplesmente sensacional (além do excelente vento que estava no dia).

O Hector ficava toda hora dizendo: “What a wonderful place”!!!. Deve ser mesmo! Como estamos também procurando um local mais definitivo para nos instalar, depois de montar o Fênix, o pequeno clube passou a ser uma das opções, pois lá já estão 4 Hobie Cats 16, recuperados pelo pessoal do clube em 2005 (eles simplesmente compraram todos os Hobie Cats 16 ainda remanescentes nos principais clubes de Brasilia, zerando o estoque de barcos usados a venda!).

Estamos convidados pelo Almyr (líder do clube) para fazer parte do “cool place” enquanto montamos o barco (ainda não estamos certos quando estaremos em condições de levar a Fênix para lá) ou depois que ele estiver montado.

Tiramos muitas fotos de detalhes das peças do barco, nos concentrando nas montagens dos estais, detalhes das ferragens da buja e respectivos cabos. Na verdade, depois que se entende o conjunto e se estuda os manuais, tudo fica bem fácil. Por falar em manuais aqui vai a dica: a melhor fonte de manuais e documentos para montagem e navegação de Hobie Cats não está (como se poderia supor) no site oficial da Hobie, mas sim em um site de usuários de Hobie na Europa. Anotem aí:

Tem de tudo e está muito bem organizado.

http://www.hobie-cat.net/site_it/index.php?produits,hobie_pieces

O segundo lugar de visita do dia foi no Clube da Aeronáutica, onde ainda tenho o Hobie Cat 14, o velho e bom Toa-Toa. As condições do Clube da Aeronáutica para manter o barco são muito boas e lá conversamos com o Salvador que é o serralheiro que deverá fazer o carro de atraque da Fênix. Ele vai pegar as medidas do carro de atraque no clube dos windsurfistas e fazer todo o carro. O Rômulo ficou de comprar as rodas (que devem ser de tamanho adequado para que o carro funcione bem na grama), sendo que o Jucá e o Hector vão se encarregar do acabamento e da pintura.

O Rômulo localizou e recuperou as peças (fusis laterais e frontais) que quase íamos comprar novas. Conforme suspeitei, o Zé Ignácio (que pintou os cascos no Cota Mil) tirou essas peças antes da pintura e reparos dos cascos e quando os pegamos de volta, as peças ficaram para trás dentro de uma lata. O Rômulo também já arrumou os 4 pneus para colocar o barco encima para que não fique na grama, pelo menos enquanto o carro de atraque não chega.

Depois das visita resolvemos tomar umas cervejas no Clube da Aeronáutica, enquanto fazíamos planos. Ficamos sabendo que em certas “comunidades secretas”, o apelido do Hector é “Bilge” - que é aquela lamina de água suja (cheia de óleo geralmente) que fica no fundo do casco dos barcos.

Vixe!

J.

domingo, 11 de março de 2007

Reforma Cascos Fenix

sábado, 10 de março de 2007

Cascos Renovados para a Fenix


Hoje (dia 10 de março de 2007) fomos pegar os cascos (bananas) totalmente reformadas do Hobie Cat 16 - Fenix. Romulo e Jucá foram até o Clube Cota Mil no Lago Sul para traze-los. Os cascos estavam com o mestre Zé Ignácio desde de novembro de 2006. Tivemos que esperar um periodo sem chuvas em Brasilia para ter certeza que a fibra e a nova pintura iam secar bem. Segundo o Zé Ignácio, os cascos estavam realmente em péssimo estado, tanto na pintura quanto na parte estrutural.

Pela aparência, um dos cascos deve ter sido derrubado ou mesmo caido durante um transporte rodoviário, pois a parte estrutural estava abalada.

Mas agora tudo parece bem.

Nas próximas semanas devemos iniciar os trabalhos gerais de reparo e montagem.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Desvirando um Hobie Cat


Uma das experiências de maior desafio, mesmo para os velejadores mais experientes, é desvirar um Hobie Cat.

Quando o HC vira com o mastro inteiramente voltado para o fundo (virada tartaruga) a coisa fica ainda um pouco mais complicada.

Para evitar a "virada tartaruga" devemos nos prevenir. A melhor coisa a fazer é ter certeza de que o mastro está completamente estanque à entrada de água. Quando o barco vira e um mastro bem vedado atinge a água ele serve como um flutuador e não afunda na água. Para que o mastro esteja o mais estanque possível revise com cuidado todos os rebites e furos e sele-os com silicone. Depois retire o mastro do barco e realiza um teste de flutuação colocando o mastro em águas rasas. Verifique no teste se todas as entradas de água possíveis estão seladas com o silicone.

Um local para aprender a teoria de como desvirar um Hobie pode ser encontrado em:

http://www.chazard.org/emmanuel/cours-de-catamaran-prise-de-mat-ressalage-dessalage-remorquage

Apesar deste cuidado em caso de "capotagem" tudo pode ser resolvido com a ajuda da gravidade, do vento e é claro: de uma boa técnica e muita calma.

No link abaixo voce encontrará a teoria (apenas a teoria) a respeito desta manobra e algumas dicas do material que preferencialmente deve estar instalado no barco para evitar esta situação ou amenizá-la (tal como o flutuador de topo de mastro em forma de zepellin).

http://www.hobiecat.com.au/pdf/2005parts_pdf/18_19.pdf