quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Desvirando Hobie Cats - os videos

A maior parte das pessoas que velejam pela primeira vez um Hobie Cat percebem que o barco pode virar e ficam curiosas sobre o que fazer caso isso aconteça.

Desvirar um Hobie Cat pode ser fácil dependendo de três fatores: técnica, peso das pessoas e posição do barco virado em relação ao vento.

No meu entender a virada tem um efeito psicologico que vai na direção de fragilizar o velejador porque o desloca de uma situação de controle (antes de virar) para uma posição sem controle, dentro d´água e com o barco em situação critica (virado!).

Já abordei este assunto em outros posts deste blog e dessa vez faço um registro visual com alguns vídeos selecionados onde se pode ver as equipes desvirando Hobie Cats:

Video 1 - Hobie 16

Video 2 - Dois Malucos no Taiti

Video 3 - Capotando de frente (é pior que virar de lado!)

Video 4 - Ventos de 30 nós

Video 5 - O desvirador profissional



Para uma descrição teórica sobre como desvirar clique AQUI

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tempo seco no Planalto Central? Carneirinhos no Paranoá!



Nos dias da temporada de seca do Planalto Central, os ventos continuam fortes.

Em meio a nuvens de fumaça das queimadas no horizonte de Brasília, que denunciam tanto a seca quanto os ventos fortes, lançamos a Fênix ao lago.

Em terra se viam as cristas de pequenas ondas se quebrando sobre o lago deixando seu rastro de cor branca. Quando isso ocorre muitos usam a expressão que “o lago está com carneirinhos”, pois parece que temos um rebanho de carneirinhos brancos sobre a superfície do lago. É apenas uma forma de dizer que o vento está forte.

Estávamos eu, Victor (13) e Diego.

Por pouco Victor não pode vir, pois estava muito cansado de ter ido dormir tarde na noite anterior (18/09) quando houve a festa pelo aniversário do Cesar.

Os ventos sopravam na faixa de 14 Km/hora e portanto na velejada de través podíamos alcançar 20 Km/hora. Pode parecer pouco quando se compara à velocidade que cotidianamente alcançamos nos nossos carros, mas em um barco a vela pequeno a sensação de velocidade funciona diferente na nossa cabeça. A marca de 20 Km/hora proporciona uma sensação de muita velocidade.

Fomos para a raia norte, aportamos no Katanka, mas como a lanchonete estava fechada seguimos em frente e passamos por baixo da Ponte JK. Passar por baixo da ponte dá uma sensação de medo e deslumbramento. Quando se vê os carros logo acima de você é inevitável pensar de como seria um carro perder a direção e cair no lago. No entanto, o deslumbramento pelo porte e pela beleza estrutural da Ponte JK afastam estes pensamentos de filmes de catástrofe.

Na volta para a raia norte, paramos na praia do Clube do Congresso onde almoçamos. Quem disse que Brasília não tem praia? Quem ainda não acreditar, passe no Clube do Congresso e caminhe pela praia. Tem até conchas!

Em seguida demos mais alguns bordos e voltamos para casa por volta da 14:30. Enquanto retirávamos as velas e outros os equipamentos do barco para guardar, o vento ainda soprava forte.

Cabe registrar como estão funcionando as rampas de aço de nosso pequeno porto. Não sei se foi pelo fato de que o nível do Lago estar muito baixo, mas dessa vez foi fácil subir o barco de frente (proa para a terra) na carreta e em seguida subir carreta e barco pela rampa.

Confesso que fiquei meio quebrado com o esforço físico, estou mesmo fora de forma, preciso/devia fazer algum tipo de musculação. O ácido lático pegou forte depois da velejada.



Registro Técnico do dia

1) Sobre a sistema de controle da buja

O recém instalado sistema da buja (ver postagem anterior) passou no teste e Victor (13 anos) operou a buja em todas as cambagens.

2) Sobre a adriça da buja

Começamos o dia cedo, mas só foi possível partir as 10:30 AM pois tivemos um problema com a adriça da buja (para os leigos é a corda que iça a vela da frente).

O uso de um moitão triplo para a adriça da buja fez com a adriça se enrolasse toda o que impedia de tensionar a buja de forma completa. Se a buja não é tensionada em toda a sua extensão o mastro fica caído para trás e todo o resto do velame fica desregulado.

Na verdade o erro tem origem na minha pouco experiência pois eu mesmo instalei um moitão triplo (3 por 1) para a adriça da buja.Isso é um exagero e causa este possibilidade de que a adriça se enrole.

Na verdade para a adriça da buja devemos usar um sistema de 2 por 1 que é o usado na configuração original do Hobie Cat 16. Por um momento achei que iríamos ficar impedidos de velejar, pois não seria possível alcançar o topo do mastro para desfazer o cabo embaraçado. Mas com a ajuda do Robert e esposa, a solução foi encontrada: com quatro pessoas foi possível virar o barco de lado e podendo alcançar o moitão triplo que fica no alto do mastro repassei a adriça. Fiz isso usando apenas uma das três roldanas de cada um dos moitões o que resultou em um sistema 2 por 1.

3) Sobre os lemes

Ainda precisamos de regulagem fina, pois ainda estão pesadas e tem uma puxada moderada para o lado de orçar que seria bom corrigir.

Mas está bem melhor se comparado com a “puxada de leme” que estava antes da correção dos excêntricos.Eu havia montado os excêntricos em posição errada o que fazia com que os lemes não travassem na posição correta o quer por sua vez causava uma puxada bem forte.

sábado, 11 de setembro de 2010

Novo controle da Buja instalado!!!



Somente neste mês de setembro de 2010 peguei o embalo de trocar o sistema de ferragens da buja da Fênix.

Mesmo com todo o material preparado, levei um dia e meio de trabalho entre retirar o sistema antigo e colocar todas as novas ferragens.

O mais difícil é rebitar as peças com precisão, no local correto e sentir que o rebite pegou e travou bem.

Também troquei os excêntricos dos dois lemes que estavam empenados.

Depois de todos esses rearranjos agora tenho que colocar o barco na água para dois testes:

1) Ver se o leme ainda está puxando ou pesado (sinal de desregulagem do leme)
2) Verificar se o novo sistema de ferragens controla bem a buja.

O novo local da Fênix me impõe um novo desafio: girar a carreta para posicionar o barco.

O fato éque sempre que voltamos de uma velejada, para que se suba o barco para a terra, temos que, ainda na água, acertar o barco sobre a carreta de atraque e subir com o conjunto carreta e barco pelas rampas. Este acerto deve ser feito com a frente (proa) voltada para o porto (terra). Encaixar o barco na carreta com a frente (proa) voltada para o porto facilita muito.

Assim quando o barco sobe, o barco fica com a frente (proa) voltada para a terra.

No entanto quando vamos colocar as velas (armar o barco) é necessário que esteja com a frente (proa) voltada para a direção de onde o vento vem. Ou seja, temos que armar o barco com a proa voltada para o lado do lago, de frente para o vento ou em outras palavras com a proa para o vento com as velas “panejando”. Assim a vela não fica cheia, bate de um lado para o outro e não exerce pressão para mover o barco.

Em outras palavras, entro no porto com o barco de frente para a terra (bom para encaixar o barco na carreta) e na próxima velejada tenho que girar o barco de 360º para armar o barco (vento pela frente).

No entanto da forma como ficaram as duas pistas de atraque está difícil girar o barco. As rodas da carreta são pequenas e durante um giro passam entremeio de grama entre as duas pistas e atolam. Tenho que preencher este entremeio com algo que proporcione um apoio no qual as rodas da carreta não atolem. Talvez com concreto ou pedras lisas. (a melhor opção em Brasília são as chamadas pedras de Pirenopólis que são lisas e facilmente encontradas).

terça-feira, 11 de maio de 2010

Toa Toa de roupa nova...

Colocamos uma nova capa Dumbrowsky no Toa Toa...ficou vistoso!!!
Jucá
Enviado do blackberry

quarta-feira, 21 de abril de 2010



De volta ao Lago...

Estamos de volta as atividades de vela. Nesta vida de hoje, é raro ver quem não se queixa de falta de tempo mas se muito ouve a resposta clássica que ter tempo é uma questão de ordenar prioridades.

Estou entusiasmado com os dois locais de atraque para os barcos no Lago Paranoá: um no clube de vela Katanka (www.katanka.com.br) na raia sul e um na QL 15, raia norte.

No Katanka ( 15°48'45.89"S - 47°49'47.69"O) reina aquele clima de praia, surfe e vela adornado com a vista imponente da ponte Juscelino Kubisheck, que abre para a raia de ventos.

Na beira da QL 15, com uma nova rampa de acesso, estou a uma distância a pé de casa e também perto da “Quebrada da 13” onde posso pegar e deixar os meninos para passeios curtos. Além destes novos pontos, temos novas pessoas que se aproximam e que posso compartilhar os momentos de vela, filhos e filhas de amigos e meu sobrinho, todos aprenderemos a velejar.



Muitas coisas a fazer no Toa-Toa e na Fênix para deixá-los aprumados mas não há nada que com calma (e tempo!) não possa ser feito. Serão muitas horas de rebites, ferramentas, lixas e cabos. Assim eu me divirto...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Pop art em confins

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A perspectiva de uma Lagartixa equilibrista.


Sempre suspeito que há vantagens em ver o mundo de cabeça para baixo.

É certo que existem outras perspectivas.

Mesmo que possa ser difícil, vale à pena tentar.

Esta lagartixa (Hemidactylus mabuya) acreditou.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Lembranças de Areia Vermelha


No último dia de férias em João Pessoa, o tempo ajudou.

O sol e a luz eram o convite aberto para que nos despedíssemos da cidade da forma mais agradável que o mar nos oferecia. Nas águas abrigadas que costeiam essas limpas praias urbanas fomos todos para uma velejada de Hobie Cat até Areia Vermelha. Nosso ponto de partida foi o Iate Clube no bairro de Bessa. Areia Vermelha é um grande banco de areia que na maré baixa desponta e abriga os que lá chegam para os momentos de confraternização.

A distância que percorremos foi de cerca de sete quilômetros e o vento leste e constante nos dava aquela velocidade que emociona um velejar.

Em um dos trechos, devido a uma passagem nos recifes que nos protegem do mar alto, as ondas ficaram mais altas, fazendo o barco subir e descer em um movimento de carrossel. Meu filho de cinco anos, no qual reconheço um gosto por aventuras gritava: “Isso é que vida, urra!!”.

O filho mais velho, feliz como proeiro, comandava as escotas da buja e cantava músicas engraçadas.

Em Areia Vermelha, as águas claríssimas superam as promessas de qualquer folheto de praias do Caribe. O complemento perfeito para essa paisagem é o clima hospitaleiro das pessoas e provincialmente positivo. Apesar do crescimento do turismo é um conforto saber que os amáveis habitantes de João Pessoa são os que dominam a paisagem. Além da beleza natural e do conforto das águas quentes, este é o fator fundamental para que a cidade esbanje sua personalidade de encanto.

Mas não se engane. A qualidade que este provinciano empresta à Areia Vermelha vem bem acompanhada dos cuidados modernos de uma civilidade globalizada. Logo na chegada, reconheci os policiais ambientais que cuidam para que os procedimentos com lixo e o desfrute do banco de areia, mantendo as coisas em ordem e dentro do padrão de civilidade. Todas as futilidades estão presentes nas poucas horas de maré baixa nas quais o banco abriga os visitantes: bebidas servidas em abacaxis, espetinhos de queijo na brasa, lagostas e os caranguejos cozinhados no leite de coco.

Ficamos ali deitados na água rasa, deixando o corpo flutuar, brincando de mergulhar com as crianças e abrigados na sombra da vela do Hobie 16 ouvíamos o jazz de bom gosto que vinha em volume civilizado de um lancha vizinha. Somente para confirmar a facilidade de se fazer amigos nesta terra, em menos de 1 hora eu já havia entabulado conversa com quatro outros grupos a nossa volta. O vizinho da lancha do jazz, o dono da lancha onde havíamos atracado o Hobie Cat, além do anfitrião de outro grupo que, a partir de uma lancha, orquestrava um churrasco em águas rasas.

Não havíamos trazido nossa câmera. Fechei os olhos e tentei fazer uma foto mental daquele momento para guardar na memória.

Mas ficou confirmado que em João Pessoa conversar sempre oferece uma possibilidade de resgate para os contratempos. Nesse caso, fomos resgatados pelo vizinho da lancha que, com o celular, fez uma foto da família e a promessa de remetê-la. Espero que ele lembre meu endereço de email.

A volta foi bela.

Sol mais baixo, a maré mais alta e a passagem por Intermares (aquele trecho de ondas mais altas), foram mais divertidos. O Hobie descia e subia nas ondas, o vento estava em 9 nós e nos dava impulso para manter o andamento. Chegamos tão rápido de volta à rampa do Iate Clube que tive aquele sentimento de que deveríamos ter aproveitado um pouco mais.

Ainda houve tempo para tomar banho de mar em frente ao Iate e nos refrescar na água doce do chuveiro do clube. O pessoal da marinharia, solícito e eficiente, subiram o Hobie na difícil rampa de acesso. Pelo que soube, a subida do nível do mar nos últimos anos tem tornado a rampa cada vez mais submersa e íngreme.

Talvez nas próximas férias.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Uma explicação fisica de como ocorre o velejar


Clique AQUI para ler uma explicação de como funciona uma vela.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Férias e praia