segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Tempo seco no Planalto Central? Carneirinhos no Paranoá!



Nos dias da temporada de seca do Planalto Central, os ventos continuam fortes.

Em meio a nuvens de fumaça das queimadas no horizonte de Brasília, que denunciam tanto a seca quanto os ventos fortes, lançamos a Fênix ao lago.

Em terra se viam as cristas de pequenas ondas se quebrando sobre o lago deixando seu rastro de cor branca. Quando isso ocorre muitos usam a expressão que “o lago está com carneirinhos”, pois parece que temos um rebanho de carneirinhos brancos sobre a superfície do lago. É apenas uma forma de dizer que o vento está forte.

Estávamos eu, Victor (13) e Diego.

Por pouco Victor não pode vir, pois estava muito cansado de ter ido dormir tarde na noite anterior (18/09) quando houve a festa pelo aniversário do Cesar.

Os ventos sopravam na faixa de 14 Km/hora e portanto na velejada de través podíamos alcançar 20 Km/hora. Pode parecer pouco quando se compara à velocidade que cotidianamente alcançamos nos nossos carros, mas em um barco a vela pequeno a sensação de velocidade funciona diferente na nossa cabeça. A marca de 20 Km/hora proporciona uma sensação de muita velocidade.

Fomos para a raia norte, aportamos no Katanka, mas como a lanchonete estava fechada seguimos em frente e passamos por baixo da Ponte JK. Passar por baixo da ponte dá uma sensação de medo e deslumbramento. Quando se vê os carros logo acima de você é inevitável pensar de como seria um carro perder a direção e cair no lago. No entanto, o deslumbramento pelo porte e pela beleza estrutural da Ponte JK afastam estes pensamentos de filmes de catástrofe.

Na volta para a raia norte, paramos na praia do Clube do Congresso onde almoçamos. Quem disse que Brasília não tem praia? Quem ainda não acreditar, passe no Clube do Congresso e caminhe pela praia. Tem até conchas!

Em seguida demos mais alguns bordos e voltamos para casa por volta da 14:30. Enquanto retirávamos as velas e outros os equipamentos do barco para guardar, o vento ainda soprava forte.

Cabe registrar como estão funcionando as rampas de aço de nosso pequeno porto. Não sei se foi pelo fato de que o nível do Lago estar muito baixo, mas dessa vez foi fácil subir o barco de frente (proa para a terra) na carreta e em seguida subir carreta e barco pela rampa.

Confesso que fiquei meio quebrado com o esforço físico, estou mesmo fora de forma, preciso/devia fazer algum tipo de musculação. O ácido lático pegou forte depois da velejada.



Registro Técnico do dia

1) Sobre a sistema de controle da buja

O recém instalado sistema da buja (ver postagem anterior) passou no teste e Victor (13 anos) operou a buja em todas as cambagens.

2) Sobre a adriça da buja

Começamos o dia cedo, mas só foi possível partir as 10:30 AM pois tivemos um problema com a adriça da buja (para os leigos é a corda que iça a vela da frente).

O uso de um moitão triplo para a adriça da buja fez com a adriça se enrolasse toda o que impedia de tensionar a buja de forma completa. Se a buja não é tensionada em toda a sua extensão o mastro fica caído para trás e todo o resto do velame fica desregulado.

Na verdade o erro tem origem na minha pouco experiência pois eu mesmo instalei um moitão triplo (3 por 1) para a adriça da buja.Isso é um exagero e causa este possibilidade de que a adriça se enrole.

Na verdade para a adriça da buja devemos usar um sistema de 2 por 1 que é o usado na configuração original do Hobie Cat 16. Por um momento achei que iríamos ficar impedidos de velejar, pois não seria possível alcançar o topo do mastro para desfazer o cabo embaraçado. Mas com a ajuda do Robert e esposa, a solução foi encontrada: com quatro pessoas foi possível virar o barco de lado e podendo alcançar o moitão triplo que fica no alto do mastro repassei a adriça. Fiz isso usando apenas uma das três roldanas de cada um dos moitões o que resultou em um sistema 2 por 1.

3) Sobre os lemes

Ainda precisamos de regulagem fina, pois ainda estão pesadas e tem uma puxada moderada para o lado de orçar que seria bom corrigir.

Mas está bem melhor se comparado com a “puxada de leme” que estava antes da correção dos excêntricos.Eu havia montado os excêntricos em posição errada o que fazia com que os lemes não travassem na posição correta o quer por sua vez causava uma puxada bem forte.

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