sábado, 23 de janeiro de 2010

Lembranças de Areia Vermelha


No último dia de férias em João Pessoa, o tempo ajudou.

O sol e a luz eram o convite aberto para que nos despedíssemos da cidade da forma mais agradável que o mar nos oferecia. Nas águas abrigadas que costeiam essas limpas praias urbanas fomos todos para uma velejada de Hobie Cat até Areia Vermelha. Nosso ponto de partida foi o Iate Clube no bairro de Bessa. Areia Vermelha é um grande banco de areia que na maré baixa desponta e abriga os que lá chegam para os momentos de confraternização.

A distância que percorremos foi de cerca de sete quilômetros e o vento leste e constante nos dava aquela velocidade que emociona um velejar.

Em um dos trechos, devido a uma passagem nos recifes que nos protegem do mar alto, as ondas ficaram mais altas, fazendo o barco subir e descer em um movimento de carrossel. Meu filho de cinco anos, no qual reconheço um gosto por aventuras gritava: “Isso é que vida, urra!!”.

O filho mais velho, feliz como proeiro, comandava as escotas da buja e cantava músicas engraçadas.

Em Areia Vermelha, as águas claríssimas superam as promessas de qualquer folheto de praias do Caribe. O complemento perfeito para essa paisagem é o clima hospitaleiro das pessoas e provincialmente positivo. Apesar do crescimento do turismo é um conforto saber que os amáveis habitantes de João Pessoa são os que dominam a paisagem. Além da beleza natural e do conforto das águas quentes, este é o fator fundamental para que a cidade esbanje sua personalidade de encanto.

Mas não se engane. A qualidade que este provinciano empresta à Areia Vermelha vem bem acompanhada dos cuidados modernos de uma civilidade globalizada. Logo na chegada, reconheci os policiais ambientais que cuidam para que os procedimentos com lixo e o desfrute do banco de areia, mantendo as coisas em ordem e dentro do padrão de civilidade. Todas as futilidades estão presentes nas poucas horas de maré baixa nas quais o banco abriga os visitantes: bebidas servidas em abacaxis, espetinhos de queijo na brasa, lagostas e os caranguejos cozinhados no leite de coco.

Ficamos ali deitados na água rasa, deixando o corpo flutuar, brincando de mergulhar com as crianças e abrigados na sombra da vela do Hobie 16 ouvíamos o jazz de bom gosto que vinha em volume civilizado de um lancha vizinha. Somente para confirmar a facilidade de se fazer amigos nesta terra, em menos de 1 hora eu já havia entabulado conversa com quatro outros grupos a nossa volta. O vizinho da lancha do jazz, o dono da lancha onde havíamos atracado o Hobie Cat, além do anfitrião de outro grupo que, a partir de uma lancha, orquestrava um churrasco em águas rasas.

Não havíamos trazido nossa câmera. Fechei os olhos e tentei fazer uma foto mental daquele momento para guardar na memória.

Mas ficou confirmado que em João Pessoa conversar sempre oferece uma possibilidade de resgate para os contratempos. Nesse caso, fomos resgatados pelo vizinho da lancha que, com o celular, fez uma foto da família e a promessa de remetê-la. Espero que ele lembre meu endereço de email.

A volta foi bela.

Sol mais baixo, a maré mais alta e a passagem por Intermares (aquele trecho de ondas mais altas), foram mais divertidos. O Hobie descia e subia nas ondas, o vento estava em 9 nós e nos dava impulso para manter o andamento. Chegamos tão rápido de volta à rampa do Iate Clube que tive aquele sentimento de que deveríamos ter aproveitado um pouco mais.

Ainda houve tempo para tomar banho de mar em frente ao Iate e nos refrescar na água doce do chuveiro do clube. O pessoal da marinharia, solícito e eficiente, subiram o Hobie na difícil rampa de acesso. Pelo que soube, a subida do nível do mar nos últimos anos tem tornado a rampa cada vez mais submersa e íngreme.

Talvez nas próximas férias.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Uma explicação fisica de como ocorre o velejar


Clique AQUI para ler uma explicação de como funciona uma vela.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Férias e praia